Diário de bordo!

Diário de Bordo!

domingo, 27 de novembro de 2011

Quietude!


Bem Quieta!

Bem quieta e um vulcão em erupção por dentro,
Bem quieta e um redemoinho girando e doendo,
Bem quieta e um turbilhão de sensações se remoendo,
Bem quieta e uma tempestade impetuosa envolvendo,
Devastando tudo...

Bem quieta...

Mas se ficar bem quieta talvez passe...
Ou talvez não passe...
E se esmiuçasse...

Ah, deixa pra lá
O melhor é permanecer quieta
E bem quieta seguir vivendo!


                                                             
                                                                               Damiana Ribeiro

domingo, 20 de novembro de 2011

Considerações


Considerações (superficiais?) Sobre Tempo e Espaço

Relatividade é uma palavra que talvez se encaixe bem ao que quero expressar aqui, visto que não podemos determinar em um simples conceito o que são o tempo e o espaço de cada indivíduo. Para alguns parece que todo o tempo não é o bastante, enquanto para outros o espaço não existe. Em outro aspecto, podemos dizer que o tempo escraviza o espaço, e vice versa, no entanto estamos todos propensos à mudança de opinião e de conceitos. Andando em uma rua movimentada de uma cidade grande pude notar que todos ao meu redor estavam sujeitos ao horário e ao lugar onde se encontravam, porém traziam em seus olhos a busca desesperada pela fórmula milagrosa do estudo regrado e constante de uma equação matemática, para que suas rotinas não fossem mais interrompidas pelo desperdício de tempo no sinal vermelho ou na fila do supermercado.

Interagir com o tempo me parece, às vezes, meio difícil. Em certos momentos não percebo quando ele passa, e em outros, fito os olhos e então ele para.
Curioso é o que, em determinado instante, conseguimos fazer em um curto espaço de tempo. Virtualmente falando por exemplo, conseguimos viajar em uma conversa informal com um amigo chegando a nos transportar para outro lugar ou país num piscar de olhos com a força da imaginação, chegando até mesmo a vivenciar a atmosfera do ambiente, bem como o cheiro, os sabores, o clima, de maneira bem palpável.
Não sabemos quanto tempo temos e nem o espaço real que possuímos, em contrapartida, somos sim senhores destes exatos tempo e espaço em que estamos agora.
O considerável nesta crônica meus amigos, não é encontrar o conceito real de tempo e espaço, mas perceber e tomar consciência de que somos livres para determinar a melhor maneira de administrá-los. E mesmo que estejamos presos a alguma coisa ou literalmente encarcerados, ainda sim o nosso “tempo e espaço” nos pertencem, e devem sim conspirar ao nosso favor sempre, mas para isto é necessário reconhecê-los como propriedade, pois ninguém é de fato dono do que não conhece.
Bem, certo é que perto ou longe, cronometrado ou desapercebido, medido ou simplesmente ocupado, tempo e espaço têm de serem vividos e explorados com LIBERDADE!
Mas qual seria o fiel sentido desta liberdade se nos encontramos presos a um relógio e um apartamento fechado?
 Isso já nos deixa margem de assunto para outra crônica, um tanto quanto mais relevante do que esta. Será? Quem sabe…


“Há muito que tenho travado batalhas desleais contra o tempo, e tenho perdido várias, mas o certo que hoje eu sei que ele me pertence e já está vencido.
 Minha mente é livre e tem tempo e espaço pra muita coisa, principalmente para a VERDADE e a VIDA!”

                                  Damiana Ribeiro


terça-feira, 8 de novembro de 2011

Oração derradeira!


Senhor, antes de partir, permita que eu visite o mar mais uma vez e cante diante dele canções que agradem o Teu coração, a noite toda...

domingo, 6 de novembro de 2011

Epifania

 

Hoje me ocorreu um fato incomum, senti a imensa falta de uma determinada pessoa que partiu. Já havia muitos anos que eu não lembrava deste alguém com tanto realismo, a ponto de doer a inexistência do calor dos seus braços, fazendo com que as lágrimas não pudessem ser contidas.
Na leiguice espiritual da minha adolescência, sempre conversava com ele contando meus segredos e minhas angustias na esperança de ser ouvida e consolada. Sei que isso hoje vai contra a verdade que acredito, mas confesso que não a conheço integralmente ainda deixando, desta forma, margem pra que eu realmente sinta que ele me escuta e contempla as minhas necessidades.
 Ele me faz tanta falta neste momento...
 Luto para não deixar que a emoção transponha a razão, porém em alguns instantes elas se fundem me fazendo senti-lo com a atenção voltada a mim novamente. Peço perdão a Deus se eu estiver errada, e peço que me livre de todo engano, mas a presença deste ser hoje me foi veracíssima, palpável, intensa.

...

Pai, eu sinto muito a sua falta. Sinto falta até mesmo das experiências que não vivemos. Preciso do seu colo, da sua proteção, preciso da sua direção, da sua orientação, do seu sorriso. Preciso lhe pedir perdão, por não ter tido tempo nem maturidade pra dizer-lhe o quanto és importante pra mim, para nós. Pai a nossa família esta bem, caminhando em direção do Amor. Estamos felizes pelas novidades que cruzaram o nosso caminho. E quanto aos teus netos, são a geração abençoada que te procede, legado teu. Frutos da Graça e do Perdão e de teus ensinamentos para todos os que nos cercam.
Pai, se o senhor estiver ouvindo, quero que saibas que eu nunca deixarei de lembrar das tuas palavras, nem da tua voz forte nos dizendo que é importante confiar.
Pai... EU TE AMO! Serei sempre sua pequena Damimi.

  

Em memória de Frontino Costa Caldeira 


“Quando manifestamos o amor em nossa família estamos cultivando bons frutos que servirão de alimento para toda a humanidade.”
  
                                        Damiana Caldeira Ribeiro