Diário de bordo!

Diário de Bordo!

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Romantismo em visão patológica!

                                                                             Eduarda Souza
Romantismo (romantia cronicuns): síndrome lírica incurável de alto teor anômalo interno. Suas características exteriores não são muito visíveis, mas seus sintomas vão desde olhos vibrantes e apaixonados até taquicardia constante. Os portadores da anomalia permanecem a maior parte do tempo conscientes, porém em muitos momentos se isolam em um mundo fictício extremamente real para eles, semelhante ao dos autistas.
Seus pensamentos aquém do cotidiano remetem simplicidade em suas expressões ao mesmo tempo em que esmiúçam cada detalhe de uma flor, de um grão de areia ou de um acorde.
Os “românticos” como são conhecidos, carregam na fisionomia um ar de sujeição à realidade em que vivem, mas na verdade não se conformam com ela e, quando em crise, procuram desesperadamente manifestar este descontentamento escrevendo, cantando, assoviando e, em ocasiões extremas, dançando sem música. São amáveis e aparentemente normais, todavia seu coração totalmente comprometido sofre constantes aflições, desejos reprimidos e angustias que liberam toxinas para todas as terminações nervosas fazendo-os chorar ou sorrir sem motivo aparente.
As causas genéticas da síndrome são desconhecidas, e ainda não foram descobertos soros, antídotos e nem vacinas mas sabe-se que os portadores da  mesma tendem a infectar as demais pessoas que os rodeiam com os constantes e inesperados surtos de lirismo.
Orienta-se que não reprima os manifestos da patologia e nem desconsidere seus sintomas, manter-se tranquilo e interativo com o paciente é extremante necessário para o seu controle e bem estar. O contato direto não costuma ser contagioso, mas atenção: se você se identificou com alguns destes sintomas, procure imediatamente assumir-se e viva em plenitude o seu romantismo!

                                                   Damiana Ribeiro

domingo, 11 de dezembro de 2011

Terra Amada!

                   (fotografia de Eduarda Souza)

Pedro Osório com amor, sim senhor!

Minha terra querida, já há um ano que não a vejo, como é grande a expectativa de poder te reencontrar.
Correr sobre tuas pedras, lembrar da doce infância, dos tempos de muita dança em que eu só sabia brincar.
Banhar-me no teu rio pequeno onde eu sempre encontrava abrigo e conforto nas tardes quentes de verão.
Ah! Quão precioso é pisar novamente este chão, que me viu crescer e que alimentou saudosas paixões da minha juventude.
Quero agora, cidade amada dos poetas e músicos, dedicar-te estas linhas e dizer-te que não esqueças nunca da tua essência. Não deixe os mercenários iludirem teu coração.
Não te prostituas mais, não permita que eles te digam que não és capaz. Pois pra mim és uma anciã sábia e gentil, hospitaleira para com os estrangeiros e sempre amável e pronta a espera do regresso dos teus filhos.
E se tua irmã te deixou, julgando que poderia ser independente, não lamente, abençoe-a. Levar-te-ei sempre na memória, com orgulho do teu nome, da tua história.
Levanta-te agora, oh doce e meiga senhora, e diz a todos quem tu és:
Pedro Osório com amor, sim senhor!”

                                                                                             Damiana Ribeiro

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

O Porquê da lágrima


"Porque esta falta de ti insiste em permanecer.
Quisera poder voltar no tempo e eternizar teu cheiro em mim.
O calor do teu colo e o som da tua voz me fugiram da memória.
E eu precisava tanto disso tudo agora..."

                                                         Damiana Ribeiro

domingo, 27 de novembro de 2011

Quietude!


Bem Quieta!

Bem quieta e um vulcão em erupção por dentro,
Bem quieta e um redemoinho girando e doendo,
Bem quieta e um turbilhão de sensações se remoendo,
Bem quieta e uma tempestade impetuosa envolvendo,
Devastando tudo...

Bem quieta...

Mas se ficar bem quieta talvez passe...
Ou talvez não passe...
E se esmiuçasse...

Ah, deixa pra lá
O melhor é permanecer quieta
E bem quieta seguir vivendo!


                                                             
                                                                               Damiana Ribeiro

domingo, 20 de novembro de 2011

Considerações


Considerações (superficiais?) Sobre Tempo e Espaço

Relatividade é uma palavra que talvez se encaixe bem ao que quero expressar aqui, visto que não podemos determinar em um simples conceito o que são o tempo e o espaço de cada indivíduo. Para alguns parece que todo o tempo não é o bastante, enquanto para outros o espaço não existe. Em outro aspecto, podemos dizer que o tempo escraviza o espaço, e vice versa, no entanto estamos todos propensos à mudança de opinião e de conceitos. Andando em uma rua movimentada de uma cidade grande pude notar que todos ao meu redor estavam sujeitos ao horário e ao lugar onde se encontravam, porém traziam em seus olhos a busca desesperada pela fórmula milagrosa do estudo regrado e constante de uma equação matemática, para que suas rotinas não fossem mais interrompidas pelo desperdício de tempo no sinal vermelho ou na fila do supermercado.

Interagir com o tempo me parece, às vezes, meio difícil. Em certos momentos não percebo quando ele passa, e em outros, fito os olhos e então ele para.
Curioso é o que, em determinado instante, conseguimos fazer em um curto espaço de tempo. Virtualmente falando por exemplo, conseguimos viajar em uma conversa informal com um amigo chegando a nos transportar para outro lugar ou país num piscar de olhos com a força da imaginação, chegando até mesmo a vivenciar a atmosfera do ambiente, bem como o cheiro, os sabores, o clima, de maneira bem palpável.
Não sabemos quanto tempo temos e nem o espaço real que possuímos, em contrapartida, somos sim senhores destes exatos tempo e espaço em que estamos agora.
O considerável nesta crônica meus amigos, não é encontrar o conceito real de tempo e espaço, mas perceber e tomar consciência de que somos livres para determinar a melhor maneira de administrá-los. E mesmo que estejamos presos a alguma coisa ou literalmente encarcerados, ainda sim o nosso “tempo e espaço” nos pertencem, e devem sim conspirar ao nosso favor sempre, mas para isto é necessário reconhecê-los como propriedade, pois ninguém é de fato dono do que não conhece.
Bem, certo é que perto ou longe, cronometrado ou desapercebido, medido ou simplesmente ocupado, tempo e espaço têm de serem vividos e explorados com LIBERDADE!
Mas qual seria o fiel sentido desta liberdade se nos encontramos presos a um relógio e um apartamento fechado?
 Isso já nos deixa margem de assunto para outra crônica, um tanto quanto mais relevante do que esta. Será? Quem sabe…


“Há muito que tenho travado batalhas desleais contra o tempo, e tenho perdido várias, mas o certo que hoje eu sei que ele me pertence e já está vencido.
 Minha mente é livre e tem tempo e espaço pra muita coisa, principalmente para a VERDADE e a VIDA!”

                                  Damiana Ribeiro


terça-feira, 8 de novembro de 2011

Oração derradeira!


Senhor, antes de partir, permita que eu visite o mar mais uma vez e cante diante dele canções que agradem o Teu coração, a noite toda...

domingo, 6 de novembro de 2011

Epifania

 

Hoje me ocorreu um fato incomum, senti a imensa falta de uma determinada pessoa que partiu. Já havia muitos anos que eu não lembrava deste alguém com tanto realismo, a ponto de doer a inexistência do calor dos seus braços, fazendo com que as lágrimas não pudessem ser contidas.
Na leiguice espiritual da minha adolescência, sempre conversava com ele contando meus segredos e minhas angustias na esperança de ser ouvida e consolada. Sei que isso hoje vai contra a verdade que acredito, mas confesso que não a conheço integralmente ainda deixando, desta forma, margem pra que eu realmente sinta que ele me escuta e contempla as minhas necessidades.
 Ele me faz tanta falta neste momento...
 Luto para não deixar que a emoção transponha a razão, porém em alguns instantes elas se fundem me fazendo senti-lo com a atenção voltada a mim novamente. Peço perdão a Deus se eu estiver errada, e peço que me livre de todo engano, mas a presença deste ser hoje me foi veracíssima, palpável, intensa.

...

Pai, eu sinto muito a sua falta. Sinto falta até mesmo das experiências que não vivemos. Preciso do seu colo, da sua proteção, preciso da sua direção, da sua orientação, do seu sorriso. Preciso lhe pedir perdão, por não ter tido tempo nem maturidade pra dizer-lhe o quanto és importante pra mim, para nós. Pai a nossa família esta bem, caminhando em direção do Amor. Estamos felizes pelas novidades que cruzaram o nosso caminho. E quanto aos teus netos, são a geração abençoada que te procede, legado teu. Frutos da Graça e do Perdão e de teus ensinamentos para todos os que nos cercam.
Pai, se o senhor estiver ouvindo, quero que saibas que eu nunca deixarei de lembrar das tuas palavras, nem da tua voz forte nos dizendo que é importante confiar.
Pai... EU TE AMO! Serei sempre sua pequena Damimi.

  

Em memória de Frontino Costa Caldeira 


“Quando manifestamos o amor em nossa família estamos cultivando bons frutos que servirão de alimento para toda a humanidade.”
  
                                        Damiana Caldeira Ribeiro


terça-feira, 11 de outubro de 2011

E enquanto a Palavra...

                                          ilustração Moisés Ribeiro

Ler, ler, ler,
falar, falar, falar,
parar, parar, parar,
repetir, repetir, repetir,
refletir, refletir, refletir,
moderar, moderar, moderar,
entender, entender, entender,
considerar, considerar, considerar,
e prosseguir, prosseguir, prosseguir...
para o Alto e avante!!!

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Quem é ela?


Primavera

                                               Por Dami Ribeiro


Primavera, prima de quem?
Prima das cores, das flores, dos sabores,
Prima dos odores, dos cantores, e dos amores também.

Prima da vida, da moça bonita que passa faceira
Sem medo de sorrir e brincar,
Prima do tempo, de todo o tempo
Que nos faz sonhar.

Prima da vida que correu depressa
Mas que deixou uma fresta
Pra gente lembrar.

Prima dos planos, dos desejos,
Das festas e dos ensejos,
Prima das conquistas,
Das mudanças...

Prima da esperança,
Daquilo que era,
Daquilo que é,
Daquilo que virá,

Primavera!


     

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Música


Canção Simples de Querer
 
                                Letra: Dami Ribeiro
                                                  Música: Drew Moraes e Dami Ribeiro


Eu, não quero mais pecar,
Quero te amar
E te obedecer...

Eu, não quero mais chorar,
Só quero te louvar
Até o amanhecer...

E te agradecer,
Fazendo o teu querer...
A Ti pertencer, Jesus
E só pra ti viver...

Não importam as circunstâncias...

Te Louvarei Senhor!


Mesmo sem poder,
Mesmo sem apoio,
Te louvarei Senhor.

Em tempo,
Fora de tempo
Em sanidade,
Ou em meio à maldade,
Te louvarei Senhor.

Mesmo com toda a conspiração,
Mesmo com dor no coração,
Mesmo em meio à tribulação,
Te louvarei Senhor.

Pois não há vitória sem luta
Paz sem guerra,
Amor sem perdão.
Vida eterna sem santidade,
Querer sem vontade,
Louvor sem adoração!

                                                 Damiana Caldeira

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

chuva temporã



Senhor, és chuva temporã que saciou minha sede... abro as janelas e te convido que invadas minha alma com tua luz radiante...e que meu grito de felicidade alcance teus ouvidos e te faça sorrir... me iluminando cada vez mais!

                                  Damiana Ribeiro


Anseios da alma...

 
Conjecturas de experiências espirituais futuras...


                                        por Damiana Ribeiro


Dormia, porém meu coração estava acordado...
Meu Amado bateu-me a porta...
Reluzia... sua cabeça estava molhada,
 E o sereno da noite escorria pela sua pele,
Mas seus pés, descalços, estavam secos e limpos...
Eram firmes e fortes...
E me disse: “Preciosa minha, deixa-me entrar...”
Sua voz era como a de um trovão...
Estremeceu-me a alma...
Cheguei a titubear pensando: “não tenho honras para vesti-lo.”
Então, ignorando-me depressa abri...
Foi quando transpassou-me o peito com uma das mãos...
Segurou-me o coração... e restaurou meu fôlego...
Devolvendo-me a Vida Eterna!!!

Nova forma de comunicação!!!



        O som dos meus pés na terra se converte em uma nova maneira de expressão... e corro, então, milhas de quilômetros praticando esta nova forma de comunicação com Deus... ás vezes no deserto, ás vezes na cidade, ou em lugares de muita necessidade... e a solidão destas largas carreiras me permite escutar com mais claridade a voz de Deus... dizendo que tudo criou para chamar-me a atenção, para conquistar-me...e também aprendo a reconhecê-lo no rosto das gentes de cruzam meu caminho... e um dia, O vi em um pequeno na rua...foi tão real... foi mais claro que a Lua... ALI TE VI SENHOR!!!!

domingo, 14 de agosto de 2011

Vejam só...



E quem poderá dizer que o Poder e a Majestade não são DEle?
A Ti, Senhor dos céus, toda da honra, toda a glória e todo o louvor para sempre, amém!

(Fotos reais, tiradas por Ivo Ribeiro em Passo Fundo no dia 09 de agosto de 2011)

sábado, 13 de agosto de 2011



Você espera por alguém?

Espere por Aquele que não te decepcionará.
Espere por Aquele que não se atrasará.
Espere por Aquele que não falhará.
Espere por Aquele que não te desamparará.
Espere por Aquele que não descumprirá.
Espere por Aquele que no escuro não te deixará.
Espere por Aquele que nunca mentirá.
Espere por Aquele que jamais te abandonará.

Você espera por alguém?
Espere por Jesus,
Aquele que sempre será
E certamente virá!!!



Luz pros perdidos, Esperança pros cansados, Pão pros 

famintos... O Ontem, O Hoje e O Sempre... EU Sou eterno.

 A Ti Senhor toda a minha devoção!!!

terça-feira, 12 de julho de 2011

Esperarei com paciência...


De volta pra casa...

                               Música de Frontino Jr
                              Letra de Damiana Ribeiro



Hoje me disseram que os santos têm asas,
Será que estamos indo de volta pra casa?

Quanto tempo mais vamos ter que esperar,
Pra subir e pra voar?

Pra subir e pra voar
Aha aha...
De volta pro meu Lar!


Maranata, maranata,
Vou te esperar...

Maranata, maranata,
Mas vou te esperar...

Maranata, maranata,
Jesus vou te esperar!

sábado, 2 de julho de 2011

Virtudes da mulher obediente!

Mulher virtuosa
                         
                         Música de Frontino Caldeira Jr
                         (Pov. 31: 10-14)

Mulher virtuosa,
Quem a achará?
O seu valor muito excede
O de finas jóias.

O coração do seu marido
Confia nela,
E não haverá
Falta de ganho.

Ela lhe faz bem,
E não o mal,
Todos os dias
Da sua vida.

Busca lã e linho,
E de bom grado trabalha com as mãos,
É como um navio mercante
Que de longe
Traz o seu pão...


E o tempo...

Eu, o tempo e o vento!
                          Damiana Ribeiro
                       
E o tempo,
Que não era tempo,
Mas que era vento,
Começou a chorar.

Naquele dia horrendo,
O tempo,
Que não era tempo,
Mas que era vento,
 Me fez chorar.

O frio daquele tempo,
Eu pedi ao Nosso Pai
 Que fizesse passar,

Pois na noite daquele tempo,
Que não era tempo,
 Mas que era vento,
Eu não queria ver
  Ninguém mais chorar!


Amor de família!

Ligados pelo amor

                  Ivana Ribeiro


Sou uma menininha
E tenho três irmãos
Juntos fazemos folia
Ligados pelas mãos

Papai e mamãe são nosso tesouro
Nos dão seu amor e sua dedicação.
Somos uma grande família
Ligados pela fé e pelo coração!


Orgulho de ser gaúcho!

Rio Grande do Sul
                           
                                       Andrew Moraes

Rio Grande do Sul
Terra de cultura,
Cor e encantos,
Com um marcante céu azul.

Lugar onde os gaúchos
Tomam seu chimarrão
Trazendo paz e alegria
Pras tardes de solidão.

Rio Grande, terra de lutas,
De vitórias e tradição.
Rio Grande terra amada
Que trago no meu coração!


Meio ambiente em versos!


Lembranças Futuras De Uma Terra

                                                             por Damiana Ribeiro


Lembro-me de um dia, em que eu estava na janela
Recordando a aquarela que existia no meu quintal.
Eram cores, eram flores, nuances das árvores misturadas
As frutas e os pássaros que nelas encontravam
Morada e repouso sem igual.

Lembro-me do perfume das rosas, ah! Tão belas rosas,
Que de tão formosas, enfeitavam o meu singelo e bem cuidado jardim,
Exalando um aroma suave
Misturado as diversas cores destas rosas
Que transmitiam paz e imensa alegria pra mim

Lembro-me de um dia, não muito distante,
Em que debruçada na mesma janela, recordava dos belos sons que ouvia,
Das manhãs perfumadas que nasciam
Com a esperança do florescer, do renascer
Que cada amanhecer destes consigo trazia.

Lembro-me do cheiro do ar puro,
Do firme porto seguro que era estar perto de um rio pequeno,
Onde eu passava meus dias de sol, admirando os animais,
Descansando em sua margem, saciando a minha sede,
Lavando o corpo e a alma, naquele lugar sereno...

Lembro-me do azul do céu, límpido por causa da chuva
Que deixava uma poça de água turva pra que eu sempre brincasse
E das cores que Deus pintava num belo e extenso arco-íres
Depois que a chuva parasse, deixando a terra molhada
Pra que a vida se renovasse.

Lembro-me até mesmo do frio,
Daqueles invernos sombrios e do gelo que cobria os campos e o continente
Porém, eram bem necessários
Para manter tudo no mais perfeito equilíbrio
Deixando o eco sistema tranqüilo e o planeta contente.




Mas agora, o que vejo?

São os tons das matas queimadas, florestas devastadas,
Pela linha da cobiça que o homem traça.
Homem que se comporta como bixo, deixando um rastro de lixo
E poluição por onde passa.


 O tom verde sujo dos rios,
 Lagos e mares que de tão poluídos
 Estão mortos, e fedem trazendo nojo e desolação.

O tom do ouro negro, que do mar é retirado
E que de tão explorado e desejado
Enlouquece a mente da criação.

 O tom ensurdecedor de metal, que transita nas ruas, roubando a paz
 E abafando o canto dos pássaros, tristes pássaros,
 Que choram a perda dos ninhos, e entristecem meu coração.

É o tom da morte, que vem no norte, que vem do sul,
E de toda a parte em que a mão do obstinado homem toca
Machucando a terra onde mora, onde nada mais brota, a não ser destruição!

E agora, o que fazer?
Pra onde ir?
O que admirar?
Em que me esconder?

Mas agora eu mesmo imploro,
A esta minha natureza,
Que tanto me encantou com sua beleza
O mais sincero perdão.

Pois ainda resta um tom, o tom da esperança,
No sorriso da criança, que descobre que neste mundo
Ainda cabe solução
Se aprender desde pequena a respeitar, plantar, preservar e amar
O planeta onde vive, trazendo assim, a verdadeira transformação.