Sensações
... 02 de Janeiro de 2014.
Começou tudo outra vez, novas estações chegando, meus
dias renascendo e você ressurgindo, tudo outra vez.
São sensações se repetindo, a vida se renovando e nós
seguindo, cada um no seu caminho, firmes e certos das suas realidades. Que
mundo pequeno este nosso, de ruas largas que estreitam reencontros! Senti-me
estranha, desculpe-me a frieza. Deixei de respirar por alguns milésimos de
segundo, o oxigênio não entrava, deve ter sido o ar gelado que envolveu-me de
surpresa ao abrir da porta de vidro, não esperava o tom da camisa cor de rosa, quisera
ter sentido o perfume que a adornava, de qualquer forma, agradeço a gentileza
discreta.
Perdi-me olhando pro alto de uma árvore hoje à tarde,
no âmago da lembrança de um instante solitário escondido na infância, destes
que aparecem vez em quando sem avisar. Árvores, areia, claridade e vento. Tudo
junto e bem organizado para fazer-me recordar dos segundos eternos que passei
sem te ver. Sensações são mesmo muito difíceis de explicar, mas em meio ao
turbilhão de sentimentos que embrulha o estômago da alma agora, sei que a maior
delas sobrepõe-se e ilumina tudo com uma força espetacular, que beira a ofuscar
a visão: FELICIDADE. Confusa, abstrata, mas real. Tive o privilégio de cruzar
pelo caminho com os teus frutos, são lindos! Continua, sem medo! Sou feliz e
grata pelos meus, são a minha sanidade. Sem mais o que descrever, ficam as
sensações, azuis ou rosas, todas bem vivas, todas felizes. Somos nós hoje,
amanhã e sempre. Pertos ou distantes, não importa, somos nós e sempre seremos.
E, em algum espaço de tempo, no lugar que é só nosso, ali seremos nós... sempre!