Paris... Não a
conheço. Mas o que ela representa? Mesmo não tendo sequer sonhado em visitá-la,
Paris representa pra mim todo o romantismo cifrado em acordes de bandolim; o
ninho de artistas apaixonados e apaixonantes. Caminhar por suas ruas sob a
neblina que inebria os sentidos, passear de gôndolas, pedalar pelas vielas,
andar às margens do Sena, visitar o expressivo Louvre, subir na imponente
Eiffel e admirar tudo de lá, beber um bom espumante à noite, da região de
Champagne talvez, ouvir a música que vem do Metro, suspirar ao som do acordeom,
escrever sentada nos cafés, cortar o cabelo, apaixonar-se... Ahhhhh Paris, bela
e sedutora Paris! Charmosa e encantadora que deixa-me agora na ânsia de
encontrá-la, de conhecê-la e desvendar seus mistérios... Mas de onde vem esta
ideia que ocorre-me de você? Acho que Paris nasceu junto com cada um de nós,
basta procurá-la dentro de si e... Bon Voyage!
Inspirações, anseios e acontecimentos da vida narrados em prosa, verso, crônicas, contos e melodias. Delicie-se!
Diário de bordo!
Diário de Bordo!
domingo, 1 de junho de 2014
terça-feira, 27 de maio de 2014
Conformismo temporal!
Do diário de Isabô
A melancólica enfermeira depara-se agora com o tempo passado e os anos sem gosto e com pouca esperança que haverão de vir. Diante de um paciente em fase terminal, questiona-se sobre a vida, a verdade e o tempo. Eis então, mais um desabafo reflexivo!
"Estou envelhecendo, os anos me escorrem pelos dedos como areia fina... que mais posso esperar da vida se já não vejo verdade nos olhos alheios, nem nos meus ao espelho? E à quantas anda a tal busca pela felicidade que os homens tanto falam?
Um dia me interrogaram: 'És feliz?' E numa prepotência quase infantil, respondi sem rodeios: 'Com certeza, e muito! Mesmo na luta, mesmo na dor, sou feliz sim porque sei em quem tenho crido.' Mas sabe que agora analisando bem estas frases, pude notar que não estava de todo errada, partindo do princípio de que a felicidade é sustentada pela esperança? Sendo assim, se há esperança, coabita com ela a felicidade. E será que agora estou certa?
Enfim, na minha busca pela verdade, me deparei com estas duas senhoras distintas mas inseparáveis, a esperança e a felicidade. Sobrinhas do tempo, irmão das horas, tecem teias de ideias fixas e sutis aos olhos nus. É preciso ter visão bem aguçada para entender as suas complexas tramas...
Bem, e sem me restar dúvidas quanto à resignação deste tal senhor, o tempo, me rendo aos seus favores e caprichos e vou seguindo a trilha proposta por ele sem pressa. Afinal de contas, o que são mais alguns anos envelhecendo à espera da tal felicidade? Até lá!"
sexta-feira, 18 de abril de 2014
E entre os desabafos, algumas constatações...
Sensações
... 02 de Janeiro de 2014.
Começou tudo outra vez, novas estações chegando, meus
dias renascendo e você ressurgindo, tudo outra vez.
São sensações se repetindo, a vida se renovando e nós
seguindo, cada um no seu caminho, firmes e certos das suas realidades. Que
mundo pequeno este nosso, de ruas largas que estreitam reencontros! Senti-me
estranha, desculpe-me a frieza. Deixei de respirar por alguns milésimos de
segundo, o oxigênio não entrava, deve ter sido o ar gelado que envolveu-me de
surpresa ao abrir da porta de vidro, não esperava o tom da camisa cor de rosa, quisera
ter sentido o perfume que a adornava, de qualquer forma, agradeço a gentileza
discreta.
Perdi-me olhando pro alto de uma árvore hoje à tarde,
no âmago da lembrança de um instante solitário escondido na infância, destes
que aparecem vez em quando sem avisar. Árvores, areia, claridade e vento. Tudo
junto e bem organizado para fazer-me recordar dos segundos eternos que passei
sem te ver. Sensações são mesmo muito difíceis de explicar, mas em meio ao
turbilhão de sentimentos que embrulha o estômago da alma agora, sei que a maior
delas sobrepõe-se e ilumina tudo com uma força espetacular, que beira a ofuscar
a visão: FELICIDADE. Confusa, abstrata, mas real. Tive o privilégio de cruzar
pelo caminho com os teus frutos, são lindos! Continua, sem medo! Sou feliz e
grata pelos meus, são a minha sanidade. Sem mais o que descrever, ficam as
sensações, azuis ou rosas, todas bem vivas, todas felizes. Somos nós hoje,
amanhã e sempre. Pertos ou distantes, não importa, somos nós e sempre seremos.
E, em algum espaço de tempo, no lugar que é só nosso, ali seremos nós... sempre!
sábado, 22 de março de 2014
Loucura Temporal
No anseio de
desafogar-se de seus pesadelos e culpas e desejos reprimidos, nossa personagem
Isabô escreve frequentemente à seu mais fiel e confidente amigo. Um diário
secreto que tem por esconderijo um jardim imaginário fruto de sua mente, que
guarda em suas passarelas pegadas de seus sentimentos e as digitais impressas
nas pétalas das flores regadas pelas inúmeras lágrimas que derrama.
Eis então,
mais uma oração:
Estou envelhecendo...
Somente o tempo por
companheiro hoje. E como sempre, muito calado, inócuo. Pretendia ser mais
produtiva, mas acabei por fazer uma lasanha de frango com queijo. Estava saborosa,
embora eu almejasse mais de mim neste dia.
Sei que posso parecer
ingrata, gostaria de ter mais prazer nos dias que me são confiados, porém não
consigo interpretar essa minha “ânsia” por coisas não vividas o que, aliás, eu
manejo muito bem, a imaginação me é muito saliente, fértil como dizem por aí.
Mas o que sinto está muito além do que simples imaginação. Trata-se de algo
mais intenso, nocivo a ponto de me deixar só, isolada da realidade em meio à
multidão que me cerca. E nem sei mais o que é realidade ou sonho. Tudo se
mistura numa homogenia complexa.
Cozinho degustando
o vinho do Porto em Portugal, sentindo o perfume e as cores de Santa Catarina no
Brasil enquanto corto os temperos. Custo a responder aos chamados, ouço meu
nome cinco vezes antes de atender. Finjo entender com um balançar de cabeça
educado e sorridente enquanto minha mente viaja veloz através dos anos,
passados ou futuros, tanto faz, ela pode. E o tempo fica ali, “parado” me
observando debruçado sobre a mão esquerda tendo a direita voltada pra me
acolher. Ele é paciente, mas também sei que é impetuoso e quando decide correr,
nada o detém.
Tempo... Meu caro
amigo e concorrente, perdoe-me! Preciso pedir-lhe que me auxilie nesta minha
loucura. Tenho muitos dependentes, sofreriam pela minha falta de coragem de
lutar, mas estou sem forças. Preferia sequer ter cogitado a ideia de existir. Gostaria
de ter o controle sobre as esferas emocionais que me rodeiam, elas são densas e
pesadas demais para soprar. Ajude-me! Ensine-me a respirar, a esquecer, a
aceitar, a viver! Obrigada por você não desistir de mim e ser fiel aos seus
princípios, amém.
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014
Em manutenção!
Estou buscando de volta o que é meu, o que me foi arrancado violentamente de mim por mim mesma. E eu não quero desistir até reencontrar o meu lugar, lugar de adoradora, lugar de soldado, lugar de filha!
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